tag:blogger.com,1999:blog-36708855547980572152024-03-13T07:30:51.529-03:00Orgasmo LiterárioSteferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.comBlogger293125tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-44008535583209275512024-01-06T22:18:00.002-03:002024-01-06T22:18:30.842-03:00Essa tal incômoda liberdade<p> </p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Ainda
há pouco, passava por ali uma quadrúpede canina cheia de pose. Quem a visse de
longe, diria que aquela cachorra tinha pedigree. Andava firme junto a dois
humanos que acompanhava, pescoço esticado para cima, cintura esguia mas belissimamente
alimentada, passos firmes e pronta para guiar o caminho para seus humanos de
estimação. Ela era uma modelo entre os caninos naquela tarde chuvosa!
Inclusive, nem se portava como uma cachorra. Ia livre à frente ou às costas dos
humanos sem precisar ser sequer chamada! Sem coleira, sem guia, sem corda ou
sem gritos — ela ia, só ia. Confesso, porém, que nem a notaria não fossem os
latidos! Não dela. Ela estava acima demais na hierarquia canina para se dignar
a latir. Mas dos outros cães! Agora que penso mesmo, talvez mesmo os <i>meus</i>
cães estivessem nesse meio, aqueles imprestáveis. Porque foram esses latidos
que interromperam meus planos. Foram os latidos que colocaram a rua em alerta.
Eu, tão discretamente empenhada em me esgueirar para dentro da janela da velha
Rosa, fui interrompida por um alarde sonoro emitido por um bando de cachorros.
Nesses momentos, o que fazemos? Olhamos desesperadas. Fui flagrada? Não, não é
possível. A casa em questão tem cachorro? Pudera não! Conheço Rosa há tempo
demais, para infortúnio mútuo. Ela tem apenas gatos e aqueles gatos dela são
mais preguiçosos que uma mula empacada! Mas por que latem os cães? Olho ao
redor em busca de respostas. E tudo o que vejo é essa maldita cachorra. Ela e
dois humanos que sequer me dignei a olhar. A janela ainda está aberta e não
vejo movimento no interior da casa. O problema é que, com isso, não consigo
mais ouvir o ronco no sofá da frente. Será que aquela velha caduca que vive
jogando as merdas dos gatos dela no meu quintal acordou? Ou não ouço apenas por
estarem meus ouvidos entupidos da latição estúpida da rua? Que inoportuno! A
sacola em minha mão fede. O que faço com esse estrume que comprei? Jogo
correndo e volto para a rua inocentemente ou me escondo até passar todo o
alvoroço? Tenho quase certeza que nos filmes alguém diria que essa oportunidade
é perfeita... uma distração! É assim que eles chamam! Corri para a rua como
tantos outros. Estou acá reclamando com a dona Gertrude dessa latição
desnecessária. E por que latem os cachorros todos, afinal? Quantos cães
exatamente iguais àquela não passam pela rua? Esperamos o casal voltarem e lhes
perguntamos. Seria talvez algo no banho que dão à cachorra? Estaria ela no cio?
Eles se entreolham. A cachorra não é nossa, dizem eles. Estava apenas os
seguindo e eles, com dó de expulsar uma cachorra tão bonita como ela, deixaram.
E realmente vejo. De perto, nada de tão sinuoso tinha a cadela. Meus cachorros
são muito mais bem cuidados, mesmo quando meu neto passa uma semana ou duas sem
lhes dar banho! Sempre de conversinha para cima de mim! Semana de prova, semana
de prova!, diz ele sempre que desconversa algum pedido meu. Não, não... aquela
cachorra era claramente da rua. As tetas não mentem! Parideira, essa cachorra! Ora,
mas um tanto tão grande de cachorros de rua transitam por ali... todo dia eu
mesma alimento alguns pobres coitados caninos que vão sempre pela manhã na
porta da minha casa... veja você, não posso arcar com mais alguns, mas onde
come um, comem dois, não é? Por que então latem? Enquanto conversávamos com os
supostos donos, a cachorra ficara lá. Apenas parada. Devia ser fome!, chegamos
todos à conclusão. Tentei lhe alimentar com um pouco de ração, mas a cachorra
nem cheirou. Gertrude trouxe um petisco e Marilza colocou uma vasilha de água. A
danada fingia que não era com ela! Vai ver só come resto de comida!, Jaci teve
a brilhante ideia e veio já correndo com um arroz e polenta numa vasilha. Ela,
contudo, apenas olhou como se tentasse entender quem ali tinha tanta fome. Como
pode uma coisa dessas, Maria?, me perguntaram. Somos todas muito versadas em
cuidar de bichos. Cuidamos de animais quase tão bem quanto cuidamos da vida
alheia! Quem aquela cachorra pensava que era para fazer pouco caso da nossa
atenção e da nossa gentileza? Suporto tudo em um bicho, menos pouco caso da
generosidade!, falei para todas em alto e bom som. Todas concordaram. É por
causa de cachorros assim que as pessoas passam a ter ranço de animais!, disse Copélia
ao meu lado. É bem verdade. Tinha um vizinho na nossa rua que adorava caçar
gatos para fazer churrasco. Todas nós sabíamos que o cheiro de churrasco que
vinha da casa dele era sempre o sinal de mais algum gato catado no seu quintal.
E o motivo é evidente! Gatos são arrogantes! Ele mesmo vivia dizendo isso. Quem
esse animal pensa que é para me olhar de cima?, dizia ele enquanto comia um
espetinho dele na nossa frente. Fazia festas ótimas, mas nunca comi do seu
churrasco por motivos óbvios! Talvez até fosse boa a carne, mas prefiro não ter
esse peso na consciência. Não faria jamais algo assim, mas não posso julgar
quem faz... Veja você essa cachorra de hoje me tirou do sério!, reclamei uma
última vez com as meninas. E meu neto ainda me encontrou reclamando com na rua
quando ele chegou em casa um tempo depois. Logo se inteirou do assunto e se
riu. Ouviu toda a história, tim-tim por tim-tim, e teve a ousadia de rir de
nossa cara! Sabe do que vocês tanto reclamam?, perguntou ele todo faceiro, Vocês
reclamam é da liberdaaaaade da cachorra. E com isso se retirou, sem nem ouvir
os desaforos que todas nós tínhamos a lhe dizer. Veja só! Liberdade! Liberdade!
E liberdade lá incomoda alguém? Gertrude ficou tão possessa com a pouca
vergonha do Felipinho que se retirou para sua casa. Por Deus! Se eu não fosse
tão conhecida no bairro, pensariam que quem enfiou essas minhocas na cabeça do
menino fui eu! Ahhh, mas essa juventude está perdida! Uma hora ainda vou enfiar
uma dose de sensatez goela abaixo nesse menino! Ahhhh se vou!</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Avenir Next LT Pro",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;"><i>Steferson Zanoni Roseiro</i>,<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">06 de janeiro de 2024.</span><span style="font-family: Avenir Next LT Pro, sans-serif;"><o:p></o:p></span></p><div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0Viana, ES, Brasil-20.3668666 -40.421581-90 178.953419 59.46131600891551 100.203419tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-44808916201660519692024-01-01T15:19:00.001-03:002024-01-01T15:19:16.739-03:00Um conto capixaba<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Jurei
nunca me deixar ser um pleno capixaba. Fiz promessas a mim, aos meus mais
queridos amigos e mesmo a uns não tão queridos que eu jamais chegaria ao ponto
de pleno capixabês. E um pleno capixaba não é questão de língua, mas de hábito.
Há um mito de que, morando em terras capixabas, você aprende a mais fria arte
do desavizinhamento. Eu, justo eu!, que em cidade pequena cresci, sempre vi os
avizinhados como essa outra família que o acaso junta! Cresci pegando trigo da
vizinha e depois chamando para partilhar a mironga de domingo! Quem nunca foi
catar limão do pé da Jurema do final da rua? Aqueles limões galegos
maravilhosos fazem a melhor limonada! Quem nunca, quem nunca? Cresci ouvindo o
tom caloroso e arrastado do “Mas já?”. “É cedo, menina, fica mais um pouco que já
tô passando café...”. Assim minha mãe prolongava a estadia de um e outro. Eu
sempre me ria disso. Ria mais ainda quando lembrávamos que nós, capixabas,
somos conhecidos pela distância quase poética de manter queridos amigos sempre
no nível de, quiçá, um conhecido. Ríamos. E aqui o verbo é pretérito. Faço sala
nesse momento e não vejo a hora de dizer </span><i style="font-family: georgia; font-size: large;">já deu</i><span style="font-family: georgia; font-size: large;">. Fiz promessa e cá estou,
segurando-me para não olhar as horas a cada minuto. Como é complicado manter equilíbrio
entre um expressivo “vá embora!” e um sutil “fique à vontade”! A sutileza já me
foi. Resta-me apenas o expressivo olhar cansado e a ausência de sons
polifônicos para dar ao convidado o tom de basta que quero ser percebido! Quero
minha cama. Um dia lindo chuvoso, temperatura amena finalmente superando o
verão de fritar e essa visita impertinente a me falar de seus problemas no
trabalho, no romance ou sei lá onde. Quem se importa se, noutros momentos,
somos ótimos amigos? Nesse momento, sou amigo apenas de mim mesmo e quero me
enamorar da minha cama, do sonzinho do ventilador e de qualquer coisa absurda que
aparecer em minha tela. E cá estou! Preso num pesadelo de um conto capixaba!</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i><br /></i></span></p><p style="text-align: right;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i>Steferson Zanoni Roseiro,</i></span></p><p style="text-align: right;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><i>01 de janeiro de 2024.</i></span></p><div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0Viana, ES, Brasil-20.3668666 -40.421581-48.677100436178847 -75.577831 7.9433672361788439 -5.2653310000000033tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-89448215258820662902023-12-30T10:26:00.001-03:002023-12-30T10:26:59.988-03:00Conversa de fundo de copo<p style="text-align: justify;"> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;">Ele
nunca bebia demais. Era um cara simpático, via-se pelos olhos. Daquela simpatia
de estar ao seu lado sem jamais abrir a boca. Sorriso mole, fácil. Uma
verdadeira mala velha, diria minha mãe. Dado. Arreganhado. Mas nunca bebia em
demasia. Eu costumava conhecer uma palavra boa para isso... para essas pessoas
que conseguem reconhecer seus limites e ficam sempre dentro das margens... Lembro-me
que a primeira vez que o vi lá, bebendo quieto, pensei que ele logo faria um
escândalo. São sempre os piores, os que entram quietos para beber sozinhos.
Costumam arranjar confusão. Acredite, tenho anos de experiência em encher copos
alheios. Então quando o vi chegar sem ninguém, menear com a cabeça indicando qual
bebida lhe encher o copo, já fui me precavendo de sempre diminuir a dose para tentar
entender qual seria seu limite. A pior parte do meu trabalho é lidar com os
fins das bebedeiras, quando eles estão todos a distribuir conversas de fundo de
copo e outras blasfêmias impronunciáveis. Minha mãe dizia sempre da habilidade
ímpar do álcool tornar até mesmo trogloditas que mal falam português em plenos
poliglotas! Minha família tem um tanto disso, bem o sei! Só que ele mesmo
parou. Eu não tive sequer a chance de lhe dizer as duras palavras favoritas da
casa. “Meu caro, já deu. Quer que eu chame alguém?”. Falo isso pelo menos seis
vezes por noite. Ele? Não. Muito comedido para isso. Isso! Comedido! Essa era a
palavra! Ele, muito comedidamente, parou depois de umas poucas doses de rum. Parou
e ficou lá. Uma, duas, três, dez vezes. Ele voltava toda semana. O bar em
polvorosa. Recebo cantadas daqui e dali, umas apalpadas quase sempre que sirvo
a mesa dos mais machões, ocasionalmente recebo o telefone de alguém e, umas
três vezes, fui mesmo arrastado para o banheiro dos fundos. Ele, todavia, nunca
fez nada disso. Nunca sequer movimentou os lábios em um sorriso diferente para
me cumprimentar. E confesso me entristecer com isso. Passei a admirá-lo, ainda
que ele não fosse particularmente bonito. Por Gaia, o que estou falando? Estou
rodeado de homens que nem de longe poderiam ser considerados beldades! É ele
tão diferente assim? Nem de longe, nem de longe... Ainda assim, esperei vezes
por demais que ele dissesse algo. Que me chamasse para perguntar qualquer coisa.
Que me pedisse para trocar de música! Quem sabe assim eu não poderia criar
alguma expectativa? Nada. Era a pura simpatia em ouvir quem quer que fosse, em
sorrir para quem quer que lhe aproximasse ou lhe oferecesse algo. Murmurava,
quando muito, um obrigado agradabilíssimo e, no fim do dia, insistia em perguntar
quanto fora, embora ele muito bem soubesse já a soma de sua degustação
rotineira. Ele veio e foi tantas vezes sem nunca nada falar que, no fim, acabou
sendo assunto do lugar. Hoje ele já não volta mais e o único vestígio de sua
passagem é uma foto ocasional tirada em uma virada de ano donde, ao fundo,
vemo-lo sorrir com o copo erguido. Finjo que o copo foi erguido a mim. Eu, que
idiotamente, apaixonei-me por um cara que nunca abriu a boca. Quiçá, essa é
minha conversa de fundo de copo.</span><span style="font-family: Avenir Next LT Pro, sans-serif;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;"><i><br /></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;"><i>Steferson Zanoni Roseiro,</i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: georgia; font-size: medium;"><i>30 de dezembro de 2023.</i></span></p><div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0Viana, ES, Brasil-20.3668666 -40.421581-48.677100436178847 -75.577831 7.9433672361788439 -5.2653310000000033tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-25598256683545662362015-08-04T18:04:00.002-03:002015-08-04T18:04:45.181-03:00ConversaçõesTão bonita essa<br />
Tal prática<br />
De colocar em versos<br />
Meu viver com outros.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Steferson Zanoni Roseiro, 26 de maio de 2015</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-18526280411677760852015-01-24T18:44:00.001-02:002015-01-24T18:44:18.918-02:00João e Mariao convite<br />– às prateleiras<br />era a constante lembrança<br />da recusa<br />de seus filhos<br />em comer.<br />a bruxa nada pôde<br />além<br />de abrir a loja.<br />detestava filhos anoréxicos!<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Steferson Zanoni Roseiro, 24 de janeiro de 2015</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-1448194934041426922015-01-24T18:31:00.001-02:002015-01-24T18:31:51.924-02:00Mansão da Bruxa S/A<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Para todos os efeitos, uma rede
multinacional de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">fastfood</i>. Entrava um
bando de crianças, regurgitavam à espera de algo e saíam. Algumas. Outras nem
tanto. Talvez se perdessem no entre das portas automáticas deslizantes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ou
por elas não passassem em um sentido mais literal.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Entalavam</i> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">à porta</i>, dizia um tabloide de butiquim.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ah,
mas isso causava sempre um rebuliço! As crianças do lado de fora gritavam,
sempre irritadas pelo novo obeso. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sai
logo daí</i>, sussurrava uma ou outra menos compreensíveis. As mais
compreensível – e complacentes da causa – empurravam, a todo custo, a criança
de volta para dentro. Algumas vezes até conseguiam! Outras tantas, apenas
passavam por uma brecha qualquer enquanto ainda podiam.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Enquanto
ainda eram magros e de sorrisos cadentes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Mas
essa não é a história de João e Maria. As crianças sempre podiam sair. A bruxa
não lhes devorava, não lhes enchia de doces. Sequer havia uma bruxa, embora o
nome do lugar contestasse, é claro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Não.
Naquele lugar a diversão era outra. Ela deslizava pelos corredores
empanturrando criancinhas bobas de doses duplas de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">chantilly</i> e de confetes de chocolate. A diversão eram dois belos
sacos de ossos ambulantes – nem um pouco sorridentes – patinando e oferecendo
alguma guloseima.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A
grande missão: enfeiruar toda a vida no exercício da doação alimentícia!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ah,
como aqueles dois eram felizes fazendo-se, se não mais magros aos próprios
olhos, mais aos alheios. Como era bom produzir olhos anorexos!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Steferson Zanoni Roseiro, 24 de janeiro de 2015</span></i><div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-43302457644461932642015-01-18T01:48:00.002-02:002015-01-18T01:48:43.228-02:00Art. 5º, XLVIIa ingênua<br />arma dos homi<br />sorri calorosa<br />posando de foto<br />ao corpo caído.<br />ingênua a repetir<br />- Brasil <br />sem pena de morte.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Steferson Zanoni Roseiro, 18 de janeiro de 2015</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-41448672207923584982015-01-13T12:31:00.003-02:002015-01-13T12:39:28.618-02:00O Lobo aos Berros<div style="text-align: justify;">
A brincadeira consiste no seguinte: chegar da escola com seu irmão ou irmã e deixar que eles entrem em casa primeiro. More em uma cidade, em uma área residencial mais tranquila. Só funciona entre irmãos. E, quando um deles entrar, observe-lhe alerta e silenciosamente recuar. Eis seu momento clímax – recue às pressas e tropeções! Ali pode estar uma barata! Seu pesadelo parado à porta!<br /> </div>
Mesmo nunca estando. São apenas irmãos e gostam de lhe ter berrando "Lobo!".<br /><br />
<div style="text-align: right;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Steferson Zanoni Roseiro, 13 de janeiro de 2015</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-20063670590222309892015-01-12T21:05:00.004-02:002015-01-13T12:32:14.591-02:00Um convite a recusar<div style="text-align: justify;">
<i>Not even close to be sexy</i> escrito em letras garrafais e estupidamente chamativo. A bem da desverdade, ocupava todo o convite. Apenas as letras. E ainda assim, parecer-lhe-iam vulgares. Tal qual a própria exposição. Porque o convite não era apenas um convite, mas uma façanha, se perto do produto! Seus olhos mal acostumados com tanta feiura e bizarrice, ficariam atônitos com a sagacidade daquele pequeno pedaço de papel em sua mão enquanto circulasse pela galeria. Que, por sinal, estava divinamente organizada, com ótimas tonalidades de luz, com um som impecável – na dosagem e no ritmo... tudo em seus detalhes inventados, tamanha a belezura do ambiente. E apenas desse. A exposição lhe feria os olhos. Vulgar sem ser sexy. E, com um bom rodopio, você imploraria para sair – mas o artista, o gênio e próprio modelo da exposição fotográfica, fora mais esperto. Ele lhe acompanhara, de perto, enquanto perguntava, afavelmente, sobre as fotografias bizarras de sua obesidade exposta, de suas nádegas peludas cobrindo as extremidades internas de uma moldura 2x2. Seu comentário? "Belas nádegas!". E, cuidado, ele poderia lhes oferecê-la. E sua cara poderia não saber o que responder. Sob o melhor e o pior de todas as luzes, o gênio se exibia. Desgracioso, a cada passo! E você, sempre cutucado com seus dedos rechonchudos, respondia até mesmo à tatuagem invariavelmente medonha aplicada no extremo de seus mamilos. Você tentava resistir a cada prosa estendida para lhe verificar o corpo em tempo real. A obscenidade ganhava o sentido mais teatral para fora dos órgãos sexuais. E você sorria, compadecido. Afinal, aquele era um verdadeiro gênio. E todos esperam os três desejos de um. Ainda que inadvertidamente. Ainda que inversamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Steferson Zanoni Roseiro, 12 de janeiro de 2015</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-74968741556579579262014-12-29T13:00:00.003-02:002014-12-29T13:00:56.008-02:00Espadas são objetos sem sombraassisti<br />
toda uma batalha<br />
por entre seus pés<br />
– e justo de dia<br />
não me podia cantar.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Steferson Zanoni Roseiro, 29 de dezembro de 2014</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-26575990351132691232014-12-27T02:09:00.001-02:002014-12-27T02:09:25.184-02:00O alvará de sua putezadeitei minha puta<br />numa cadeira<br />confortável.<br />abri-lhe<br />pelas pernas e sorrisos.<br />por fim a matei<br />e pus-lhe cantante<br />em um túmulo solitário<br />com uma epígrafe alarmante<br />- a puta caiu guerreira.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Steferson Zanoni Roseiro, 27 de dezembro de 2014</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-27092247021374719122014-12-19T15:20:00.000-02:002015-01-13T12:41:00.734-02:00A cor do pretéritoBranca queria ser Chapeuzinho. Queria um lobo para lhe devorar. E tantos lobos devotos conseguiu que, para o bem de toda sua puteza real, optou por ficar branca.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Steferson Zanoni Roseiro, 18 de dezembro de 2014</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-91941996438058705722014-12-19T15:16:00.002-02:002014-12-19T15:16:39.939-02:00Epígrafe de todo amorOutro dia, Branca se apaixonou. E quando de supetão já o ia esquecendo, a praga escancara a bocarra por lhe prestar atenção. "Vá-te ao inferno", exala Branca com malícia. Ela se amarra em vilania.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Steferson Zanoni Roseiro, 18 de dezembro de 2014</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-886850700296059482014-12-13T18:35:00.000-02:002014-12-13T18:35:06.472-02:00O rasgo da cidade é o conto dum pássarocontra os arranha-céus da cidade<br />
criei um passarinho em mim<br />
desses d'ombro<br />
durosos que tinta.<br />
invés de canto, desconto.<br />
meu ombro me vende sossego<br />
por uma nota.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Steferson Zanoni Roseiro, 25 de novembro de 2014</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-86090804343365251722014-12-13T18:30:00.001-02:002014-12-13T18:30:08.503-02:00Um quarto para as 8corro o dia<br />
nele parado<br />
lá sentado<br />
num divã!<br />
pedindo terapia<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Steferson Zanoni Roseiro, 09 de dezembro de 2014</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-2872089339167897412014-12-13T18:26:00.003-02:002014-12-13T18:26:50.130-02:00O carnaval não me viuhá um som alegórico<br />
- anuncia o perigo<br />
da morte, da vida<br />
- donde estou<br />
não quero decidir<br />
o som me leva.<br />
por fim,<br />
vermelhos param de dançar.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Steferson Zanoni Roseiro, 03 de dezembro de 2014</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-49072419476351803412014-12-13T18:11:00.002-02:002014-12-13T18:11:48.695-02:00A medicina da minha camacurto ouvir<br />
gozos domesticados<br />
diagnosticados<br />
precocemente<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Steferson Zanoni Roseiro, 09 de dezembro de 2014</i> </div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-236562983420219762014-12-13T18:09:00.006-02:002014-12-13T18:09:53.694-02:00Dispa-se dessa placa "me possua"cá me deito<br />
e seu sexo<br />
roncoso<br />
me anasala a fúria<br />
de não ser tomado<br />
no desgostoso<br />
de uma desculpa.<br />
<br />
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<br /></div>
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<i>Steferson Zanoni Roseiro, 09 de dezembro 2014</i> </div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-78142240166424820852014-09-03T23:20:00.003-03:002014-09-03T23:46:56.484-03:00CUIDADO! fui enfeitiçada– puta<br />
fui parida à boca<br />
duma bruxa<br />
e nem inferno<br />
fez-me desgostosa;<br />
<br />
fui puta vivida<br />
de bruxa sofrida<br />
– puta!<br />
de palavra forte<br />
arrancada na magia<br />
desprazerosa<br />
de quem me queimava.<br />
sou puta falada,<br />
puta comida, puta versada.<br />
pois apenas falo versos.<br />
<br />
ora, sou uma bruxa!<br />versos estragados<br />gorjeiam meus lábios<br />e pessoas, enojadas,<br />correm!<br />zarpam!<br />berram!<br />medo de queimar na ponte<br /><br />sou puta sou bruxa<br />e tento, a cada pouso de vassoura, <br />criar putas outras!<br />pois gostamos mesmo<br />é da orgia (!)<br />dos versos da puta<br />que sabe o que não falar...<br />
<br />
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<i>Steferson Zanoni Roseiro, 03 de setembro de 2014</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-15882974686568459282014-08-28T11:12:00.000-03:002014-08-28T11:12:00.167-03:00Dar o migué!deixe-me esbanjar<br />ou bojar pelo mar<br />pois que estas linhas<br />em pedaços de papel<br />não comportam meu<br />descomportamento<br />
<br />
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<i>Steferson Zanoni Roseiro 27 de agosto de 2014</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-42913836110134029002014-08-27T17:19:00.000-03:002014-08-27T17:19:05.879-03:00O pior de um time é a torcida– o grande Cu<br />não expele merda<br />antes<br />vê no outro<br />o que amerdejar.<br />
<br />
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<br /></div>
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<i>Steferson Zanoni Roseiro, 27 de agosto de 2014</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-87162817169457187642014-08-17T23:44:00.002-03:002014-08-17T23:44:46.806-03:00Uma torre bem protegidaNo medley de Cinderela, Rapumzel e Bela Adormecida, Branca jogou sua peruca para o príncipe na escada da Torre de Preservativos, pisoteou-lhe as costas... em sapatinhos de cristal, claro (sempre 44). Tudo isso enquanto batia um papo sobre BDSM com Malévola. E o pobre do príncipe? Teve seu pedido de casamento negado. "Branco não me cai bem", disse Branca. Logo ouviu-se um berro - a Torre ejaculava um príncipe.<br />
<br />
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<i>Steferson Zanoni Roseiro, 15 de agosto de 2014.</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-26249293876997833262014-08-10T02:48:00.002-03:002014-08-10T02:48:16.874-03:00uma princesa pode apadrinhar na boate<div style="text-align: justify;">
sem fada madrinha, branca de neve roubou um par de saltos tamanho 44 à caminho da festa e xingou todo mundo na fila. confusões e sorrisos para o grandão da entrada. "princesas não ganham entrada grátis", lhe disseram. branca nem ruborizou. foi logo erguendo a saia e mostrando o volume. "posso nem negociar?". e tirou da cueca um par extra de saltos 44. dois berros felizes. "a casa é toda sua, gata!".</div>
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<br /></div>
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<i>Steferson Zanoni Roseiro, 09 de agosto de 2014</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-63901149698881848882014-08-10T02:48:00.000-03:002014-08-10T02:48:00.165-03:00Coleção: O nascimento da BrancaEu comecei uma nova coleção, e, dessa vez, merece uma nota. Em 2011 festejávamos muitos dos em minha vida envolvidos. Era apenas um aniversário, mas marcou. Uma festa à fantasia simples, com uns 10 à caráter. Mas havia ali, no meio das roupas simples uma alugada. Ou seja: uau! Ganhei uma Branca de Neve no corpo de um amigo (o modelito era muito pequeno para mim, haha). Infelizmente, nunca fizemos outra festa como aquela... e agora a Branca de Neve pode apenas ser uma personagem dos meus contos, dos meus versos... em algumas dimensões, a Bruxa consegue fazer o Espelho parar de cantar o hino da Branca... enfim.<br />
<br />
Eis que abro esta nova coleção: "Branca de Neve". Tudo aquilo que eu puder escrever a esse amigo que virou fantasia, que resolveu visitar a Disney sem as queridas (haha). Obrigado, Branca, por todos os papeis esquizo que você nos proporcionou... juro que se eu não chorar mais, é porque eu prefiro sorrir por você.<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3670885554798057215.post-56370567010844281092014-08-10T02:32:00.000-03:002014-08-10T02:32:11.603-03:00Era uma festa à fantasia até você chegar, depois virou suaserás branca como a neve<br />barbada como o sol...<br />a desgraça num vestido<br />mal desenhado pela Disney<br />"merda!<br />você roubou minha festa."<br /><br />
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<i>Steferson Zanoni Roseiro, 10 de agosto de 2014</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Zanoni Roseiro</div>Steferson Z. Roseirohttp://www.blogger.com/profile/18045442897206009978noreply@blogger.com0